Oi.
Eu nasci em 1992. Dizem que é uma geração suave na nave. Que não se importa em mudar de emprego ou de cidade. E que demora mais de sair da casa dos pais, demora mais de pensar em casar e ter filhos. Como se estivesse tudo sob controle.
Só que não.
Essa é a geração que tem pressa. É a geração das pessoas que não conseguem desconectar. Que não podem nem sonhar em tirar férias num lugar sem internet. Que vivem correndo. Que sentam juntas e não conversam.
É quase um bando de geminianos. Somos indecisos, precisamos acompanhar o fluxo, ninguém sabe muito pra onde tá indo nem pra onde quer ir. Eu não gosto da correria, nem da demora em tomar decisões. Mas eu gosto da internet. Porque gosto de ver séries no meu quarto.
Faz um tempo que vi uma série chamada Gilmore Girls. Nessa série, Lorelai é uma jovem mãe, que teve uma filha na adolescência e segurou a barra, trabalhou bastante e, olha o spoiler, conseguiu abrir sua própria pousada aos trinta anos ou quase isso. A filha, Rory, é inteligentíssima, talentosa, leitora assídua, culta e ótima estudante, e é aí que vem o "mas". No final da série, ela está com a idade que sua mãe tinha lá no começo, mas não é uma profissional com uma carreira de sucesso. Todos nós, expectadores, esperávamos que Rory tivesse um futuro brilhante, mas, no fim das contas, ela tem uma vida bem mediana.
E essa é uma perfeita "moral da história": essa geração representada por Rory Gilmore é só isso! Uma geração cheia de expectativas sobre ela, mas que não é nada demais. E estamos bem assim!
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